terça-feira, 2 de agosto de 2011

Fim-da-prosa

Sobre ontem, eu não sei muito o que dizer, e sobre amanhã saberei menos ainda. Aprendo conforme as horas passam e logo em seguida me esqueço aos poucos. Não me lembro de muita coisa, e o que lembro tento escrever antes que esqueça. É como se fosse uma simples prosa entre amigos-antigos sobre oque o mondo nus oferece Esqueço-me de tantas coisas que nem me lembro do que já esqueci, e para não esquecer o que deveria ser inesquecível faço do momento um verso ou outro, e assim não me esqueço. Já me esqueci dos amigos das prosas-antigas, porém, como um verso pouco legível e escrito rapidamente: porem fica ali, no papel, como se estivesse escrito na alma. Mas sobre ontem, o que posso dizer, é que li n’um desses versos rabiscados poucos antes de dormir, que foi em uma prosa num parque um tanto que longe de casa onde o motivo com um nome meio-dito de inspiração me tomou como seu. E o que posso dizer sobre hoje, é que entre o verso e a prosa, o pensamento que já é meu cúmplice e sabe aonde quero ir e quem quero ter em meus braços, me trás uma lembrança que não foi escrita: me lembrei do que não consigo descrever em versos e nem falar em prosa, me lembrei do seu primeiro olhar antes de encontrar o meu, me lembrei do teu sorriso e do teu cigarro entre os dedos, me lembrei do meu primeiro verso e da nossa primeira prosa e me lembrei, sem nenhum esforço, que senti um arrepio consumindo meu corpo quando você me pediu aquele abraço no fim-da-prosa, e esse virou o meu verso.

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